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Entrevista exclusiva com Cris Cyborg, nova lutadora do Invicta FC

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Entrevista exclusiva com Cris Cyborg, nova lutadora do Invicta FC

Nesta terça-feira a brasileira Cristiane Cyborg, junto com seu empresário Tito Ortiz, anunciou seu próximo passo no MMA. A ex-campeã do Strikeforce, que acabou de cumprir suspensão de um ano por doping, desistiu do contrato oferecido pelo UFC e assinou com o Invicta FC, evento exclusivamente feminino que ganha muita força nos Estados Unidos.

Cyborg falou com exclusividade ao MMA Brasil, na academia de Ortiz em Huntington Beach, da confusão com o UFC, do motivo que a fez recusar o contrato, da superluta contra Ronda Rousey e de seus próximos passos. A lutadora, que está morando na Califórnia há dois anos, falou também da evolução de seus treinos.

Cris Cyborg no Twitter: @CrisCyborg

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Cris Cyborg, com uma camisa provocando Ronda Rousey, ao lado de Tito Ortiz

Como está a sua vida agora? Onde você está morando, treinando?

Estou morando agora em San Diego. Já tem dois anos que estou nos Estados Unidos, antes estava em Huntington Beach. Em San Diego eu estou treinando com o pessoal do André Galvão, na Arena MMA. Estou com um professor de boxe novo, com uma equipe bem legal. Tenho treinado muito chão, mas sem deixar de lado a trocação.

Um ponto forte da equipe é ter bastante gente do meu peso. Não sou obrigada a treinar com gente pesada. Tem muitos pesos leves, um ou outro meio-médio, mas a maior parte da galera é homem. É com quem eu treino no dia a dia.

Sobre a polêmica com Dana White e esta luta com a Ronda, o que realmente aconteceu?

Realmente o UFC me ofereceu um contrato de oito lutas, mas na categoria até 135 libras (61 quilos). Para mim, bater 145 (66 quilos) já é complicado, não tenho muita gordura para perder. Eventualmente eu conseguiria bater 140 (63,5 quilos) uma vez, mas 135 eu não consigo, seria impossível. Ainda mais se eu tivesse que fazer isso constantemente.

Nota: Cris está visualmente com percentual de gordura baixo. Ela até se pesou, estava com cerca de 160 libras (pouco mais de 72 quilos).

Eu me propus a, em uma luta, uma superluta contra a Ronda, chegar até 140, mesmo que não valesse cinturão nem nada. Mas mesmo em 140 eu não lutaria muitas vezes, seria complicado fisicamente para mim. Eu queria fazer as outras lutas do contrato de 145, mas o UFC não aceitou. Então, por este motivo eu pedi o cancelamento do meu contrato e fiz este acordo para lutar no Invicta, que é um evento só de mulheres e tem uma parceria com o UFC, inclusive.

Recebi outras propostas, financeiramente até mais vantajosas, mas contratos mais longos. Eu quero esta luta contra a Ronda, então não quis me prender a nenhum evento por muito tempo. Fechei por três lutas com o Invicta, um ano de duração. Meu plano e do Tito é fazer três lutas, a primeira já sendo um title eliminator (contra Ediane Índia, no Invicta FC 5, no dia 5 de abril). Se eu ganhar, já luto pelo cinturão do Invicta (hoje de posse da também ex-campeã do Strikeforce Marloes Coenen) e depois uma possível defesa do cinturão. Nossa ideia é fazer estas três lutas entre agora e o começo do próximo ano para, mais ou menos daqui a um ano, fazer uma superluta contra a Ronda.


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A conferência de imprensa aconteceu na Punishment Training Center, em Huntington Beach, Califórnia

Como você está fazendo para se manter focada na próxima adversária, tendo esta expectativa para uma eventual luta com a Ronda daqui a um ano? Nada disso vai acontecer se, no meio do caminho, você perder uma das lutas.

Eu sei que é passo a passo. Sei que tenho que focar totalmente na minha próxima luta. Já estou levantando informações sobre a adversária (a luta foi fechada na quinta-feira). Já estou treinando. Na verdade, eu não parei de treinar nem quando estava sem lutar, cumprindo a suspensão. Treinei muito chão com o André Galvão. Agora só preciso ajustar o meu jogo pro jogo da Índia. Estamos levantando vídeos de lutas dela. Eu sei que tenho que me manter totalmente focada na minha próxima adversária.

Qual é a sua intenção de plano de jogo para esta próxima luta? Você é reconhecida pela força e agressividade na trocação, pelo muay thai muito afiado. Você pensa em uma finalização depois de todo este treino de chão?

Como eu disse, treinei muito jiu-jítsu com o André Galvão. Inclusive fui campeã mundial na faixa roxa e recebi a marrom do André recentemente. Mas não pretendo mudar minha característica principal. O que eu gosto mesmo é da luta em pé, eu me sinto confortável na trocação. Tenho consciência e gosto muito de todas as áreas do MMA. Treino muito wrestling, treino muito jiu-jítsu, gosto de ter uma caixa de ferramentas bem completa e todas afiadas. Quero estar preparada independentemente do que aconteça na luta.

Ter aceitado esta luta (contra a Índia) foi uma coisa bem Chute Boxe mesmo. Eu não perco esta característica, estou sempre preparada para lutar. Luto contra qualquer uma. Nem quis saber quem era minha adversária, já aceitei e só pedi 45 dias para me preparar.

E sobre o doping, o que aconteceu?

Me ofereceram um produto para me ajudar a baixar o peso. Não foi uma questão de ficar mais forte. Eu estava tendo dificuldade para baixar o peso e isso acabou dando problema. Foi um erro que eu cometi uma vez e nunca mais vai se repetir.




http://www.mmabrasil.com.br/entrevista-exclusiva-com-cris-cyborg-nova-lutadora-do-invicta-fc

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