Pessoal,
Enfim, consegui traduzir mais uma entrevista de um dos lutadores japoneses de MMA mais conhecidos no mundo. Deu um certo trabalhinho, mas terminei. Fiz isso porque essa entrevista vale a pena. Curtam aí!
Tradução realizada por Lucas 五味 ( Usuário do Fórum PVT )
* Hiroyuki Sawa
Após 2 meses de reclusão, entre as sessões de reabilitação em Yakushima e os treinamentos na Universidade Kokushikan, um dos lutadores mais consagrados do Japão aceitou receber a visita da KAMINOGE para uma conversa a respeito do futuro e, por que não dizer, da própria vida. Takanori Gomi dispensa maiores comentários. Ex-campeão peso leve do extinto PRIDE e um dos orgulhos do MMA japonês, ele analisa a sua carreira e conta os detalhes de um problema que quase o fez se afastar das lutas. Recuperado, ele se diz totalmente pronto para voltar a brilhar. Gomi vem de uma vitória sobre o compatriota Eiji Mitsuoka, no UFC 144, realizado em Saitama, no mês de fevereiro. O próximo desafio é o UFC on Fuel TV 6: MACAO, no dia 10 de novembro. O adversário: o americano Mac Danzig. O hiato sem lutas poderia fazer mal a qualquer lutador, mas não a Takanori Gomi. Para ele, a carreira interrompida foi a salvação. E um novo amanhã promete se abrir a um dos ícones do nosso esporte. Ganhando ou perdendo.
K: Você esteve afastado por algum tempo. O que aconteceu com você durante esse período?
TG: Eu tive problemas familiares sérios e entrei em depressão. Cheguei a desligar o meu telefone, e as pessoas próximas só sabiam notícias minhas através do meu empresário. Também perdi o apetite e a vontade de sair. A depressão é uma doença. E eu só fui descobri-la após a minha última luta (contra Mitsuoka). Essa doença precisa ser tratada. E eu fui atrás de um tratamento para voltar a viver. Por isso, fiquei 8 meses afastado.
K: E você já está recuperado?
TG: É uma luta diária. Eu tenho recebido o apoio de muitas pessoas próximas. Isso é um estímulo. Hoje eu posso dizer que estou novamente focado, no meu peso ideal e preparado para voltar a lutar profissionalmente. Os piores momentos certamente já ficaram para trás.
K: E o UFC? Como a organização reagiu ao seu problema?
TG: A minha situação com o UFC é muito simples. Eu lutarei enquanto eles me quiserem por lá. No dia em que não me quiserem, eu vou arranjar outra coisa para fazer.
K: Mas eles não se posicionaram em relação ao seu afastamento?
TG: As pessoas no UFC são muito objetivas, e eu gosto disso. Lute quando estiver pronto para lutar. Eu não poderia lutar sem condições e atrapalhar o evento. Eu já lutei sem condições em setembro do último ano, e o resultado foi ruim. Eu não disse nada na época, em respeito aos fãs. Mas eu estava com uma lesão persistente nas costas. Aquilo me prejudicou muito. Agora, eu só luto se estiver completamente saudável.
K: E você está saudável?
TG: Sim, eu estou bem. Se não estivesse, eu não me colocaria à disposição para lutar em Macau.
K: Falando sobre Macau, o que dizer do seu próximo adversário, o americano Mac Danzig?
TG: Eu já o conheço desde a época do PRIDE. É um bom grappler.
K: E como você avalia a sua carreira em 2012?
TG: Eu não me preocupo com isso. O que eu fiz, todas as pessoas sabem. Eu ganhei algumas lutas e perdi outras. Ganhei títulos e perdi títulos. Eu luto profissionalmente desde 1998. Eu gosto da carreira que construí. Não me arrependo do que fiz no MMA. Eu continuo lutando porque gosto. Apenas por isso.
K: NO UFC, você acumula 3 derrotas em 5 combates. Hoje em dia, a derrota é algo que te preocupa?
TG: Ninguém gosta de perder. Eu acho que as derrotas acontecem por algum motivo. Ultimamente, eu não tenho conseguido aquilo que preciso. Eu não estou acostumado a perder. Quando isso acontece, é hora de pensar...
K: E qual é o seu pensamento?
TG: Eu gosto do que faço e gosto da organização em que trabalho (UFC). Eu quero sempre render bem e entreter os fãs. No dia em que eu não conseguir mais isso, vou dar um tempo. Mas estou com 34 anos e me sinto bem ainda.
K: Já pensou no que vai fazer depois que parar de lutar?
TG: Pegar a minha prancha, ir para o Havaí com o meu filho e ensiná-lo a surfar.
K: Conte-nos sobre a sua relação com o seu filho...
TG: O meu filho tem 2 anos e é o motivo de eu estar aqui recuperado. Eu estive muito mal, mas nunca deixei de pensar nele em nenhum momento. Embora não possamos mais estar juntos o tempo todo, eu ainda vou tentar ser um bom pai.
K: E se ele resolver se tornar lutador, você o encorajaria?
TG: Estou lutando para que o meu filho não precise lutar. Eu acho que é uma carreira sacrificante.
K: Você ainda pensa no cinturão peso leve do UFC, ou em voltar a lutar no Japão?
TG: Eu não sei o que farei amanhã. A disputa do cinturão fica a critério da organização. Lutará pelo cinturão quem eles quiserem. Os lutadores têm de estar prontos para lutar. Apenas isso. Eu gostaria de me aposentar lutando no Japão, mas ainda não pensei muito nisso.
K: Agora que o Takanori Gomi está de volta, deixe um recado para os leitores e fãs...
TG: Eu só tenho que agradecer a todos os que me apoiaram. É muito bom saber que as pessoas estão torcendo por você. Eu me sinto um felizardo e só tenho a agradecer. Obrigado.
Fonte: http://kaminoge.me/
Tradução realizada por Lucas 五味 ( Usuário do Fórum PVT )
Enfim, consegui traduzir mais uma entrevista de um dos lutadores japoneses de MMA mais conhecidos no mundo. Deu um certo trabalhinho, mas terminei. Fiz isso porque essa entrevista vale a pena. Curtam aí!
Tradução realizada por Lucas 五味 ( Usuário do Fórum PVT )
* Hiroyuki Sawa
Após 2 meses de reclusão, entre as sessões de reabilitação em Yakushima e os treinamentos na Universidade Kokushikan, um dos lutadores mais consagrados do Japão aceitou receber a visita da KAMINOGE para uma conversa a respeito do futuro e, por que não dizer, da própria vida. Takanori Gomi dispensa maiores comentários. Ex-campeão peso leve do extinto PRIDE e um dos orgulhos do MMA japonês, ele analisa a sua carreira e conta os detalhes de um problema que quase o fez se afastar das lutas. Recuperado, ele se diz totalmente pronto para voltar a brilhar. Gomi vem de uma vitória sobre o compatriota Eiji Mitsuoka, no UFC 144, realizado em Saitama, no mês de fevereiro. O próximo desafio é o UFC on Fuel TV 6: MACAO, no dia 10 de novembro. O adversário: o americano Mac Danzig. O hiato sem lutas poderia fazer mal a qualquer lutador, mas não a Takanori Gomi. Para ele, a carreira interrompida foi a salvação. E um novo amanhã promete se abrir a um dos ícones do nosso esporte. Ganhando ou perdendo.
K: Você esteve afastado por algum tempo. O que aconteceu com você durante esse período?
TG: Eu tive problemas familiares sérios e entrei em depressão. Cheguei a desligar o meu telefone, e as pessoas próximas só sabiam notícias minhas através do meu empresário. Também perdi o apetite e a vontade de sair. A depressão é uma doença. E eu só fui descobri-la após a minha última luta (contra Mitsuoka). Essa doença precisa ser tratada. E eu fui atrás de um tratamento para voltar a viver. Por isso, fiquei 8 meses afastado.
K: E você já está recuperado?
TG: É uma luta diária. Eu tenho recebido o apoio de muitas pessoas próximas. Isso é um estímulo. Hoje eu posso dizer que estou novamente focado, no meu peso ideal e preparado para voltar a lutar profissionalmente. Os piores momentos certamente já ficaram para trás.
K: E o UFC? Como a organização reagiu ao seu problema?
TG: A minha situação com o UFC é muito simples. Eu lutarei enquanto eles me quiserem por lá. No dia em que não me quiserem, eu vou arranjar outra coisa para fazer.
K: Mas eles não se posicionaram em relação ao seu afastamento?
TG: As pessoas no UFC são muito objetivas, e eu gosto disso. Lute quando estiver pronto para lutar. Eu não poderia lutar sem condições e atrapalhar o evento. Eu já lutei sem condições em setembro do último ano, e o resultado foi ruim. Eu não disse nada na época, em respeito aos fãs. Mas eu estava com uma lesão persistente nas costas. Aquilo me prejudicou muito. Agora, eu só luto se estiver completamente saudável.
K: E você está saudável?
TG: Sim, eu estou bem. Se não estivesse, eu não me colocaria à disposição para lutar em Macau.
K: Falando sobre Macau, o que dizer do seu próximo adversário, o americano Mac Danzig?
TG: Eu já o conheço desde a época do PRIDE. É um bom grappler.
K: E como você avalia a sua carreira em 2012?
TG: Eu não me preocupo com isso. O que eu fiz, todas as pessoas sabem. Eu ganhei algumas lutas e perdi outras. Ganhei títulos e perdi títulos. Eu luto profissionalmente desde 1998. Eu gosto da carreira que construí. Não me arrependo do que fiz no MMA. Eu continuo lutando porque gosto. Apenas por isso.
K: NO UFC, você acumula 3 derrotas em 5 combates. Hoje em dia, a derrota é algo que te preocupa?
TG: Ninguém gosta de perder. Eu acho que as derrotas acontecem por algum motivo. Ultimamente, eu não tenho conseguido aquilo que preciso. Eu não estou acostumado a perder. Quando isso acontece, é hora de pensar...
K: E qual é o seu pensamento?
TG: Eu gosto do que faço e gosto da organização em que trabalho (UFC). Eu quero sempre render bem e entreter os fãs. No dia em que eu não conseguir mais isso, vou dar um tempo. Mas estou com 34 anos e me sinto bem ainda.
K: Já pensou no que vai fazer depois que parar de lutar?
TG: Pegar a minha prancha, ir para o Havaí com o meu filho e ensiná-lo a surfar.
K: Conte-nos sobre a sua relação com o seu filho...
TG: O meu filho tem 2 anos e é o motivo de eu estar aqui recuperado. Eu estive muito mal, mas nunca deixei de pensar nele em nenhum momento. Embora não possamos mais estar juntos o tempo todo, eu ainda vou tentar ser um bom pai.
K: E se ele resolver se tornar lutador, você o encorajaria?
TG: Estou lutando para que o meu filho não precise lutar. Eu acho que é uma carreira sacrificante.
K: Você ainda pensa no cinturão peso leve do UFC, ou em voltar a lutar no Japão?
TG: Eu não sei o que farei amanhã. A disputa do cinturão fica a critério da organização. Lutará pelo cinturão quem eles quiserem. Os lutadores têm de estar prontos para lutar. Apenas isso. Eu gostaria de me aposentar lutando no Japão, mas ainda não pensei muito nisso.
K: Agora que o Takanori Gomi está de volta, deixe um recado para os leitores e fãs...
TG: Eu só tenho que agradecer a todos os que me apoiaram. É muito bom saber que as pessoas estão torcendo por você. Eu me sinto um felizardo e só tenho a agradecer. Obrigado.
Fonte: http://kaminoge.me/
Tradução realizada por Lucas 五味 ( Usuário do Fórum PVT )
Última edição por FabianoFire em Qui 25 Out - 8:52:34, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Adição dos Créditos de Tradução)