O placar informa o resultado após a realização de um grande classico, de altíssimo nivel futebolístico
| Sinceramente, não me entra na cabeça a possibilidade de um jogo empatar. Basquete, vôlei, cuspe-em-distância, todo esporte sério tem, necessariamente, vencedores. É próprio da essência da competição que alguém ganhe e alguém perca. Do contrário, todo o esforço de jogar e torcer vira uma perda de tempo sem tamanho.
Ah! Mas futebol não precisa de vencedores. Pode terminar em empate. Pior ainda quando termina zero a zero. Você, torcedor fiel, ficou olhando para 22 tontos correrem atrás de uma bola no gramado, para não ver nada que preste no final!
Deveria existir uma regra que obrigasse os jogares a se esfalfarem até sair um vencedor. Ou proibir os goleiros de usar as mãos.
2. Os jogares são ricos e o torcedor é pobre
Nada mais irritante que ver um cara chamado Jordeicleison, incapaz de conjugar um verbo no plural, embuchado de tanto ganhar dinheiro, só porque sabe jogar bola. É o triunfo absoluto da ignorância. “Mamãe, não vou nunca mais para escola, porque eu quero ser jogador de futebol quando eu crescer”.
Aliás, no futebol quase todo mundo ganha. Jogador, técnico, cartola, locutor, comentarista, fabricante de camisas, patrocinador, editor de álbuns de figurinha e até o jornaleiro. O único que sempre perde dinheiro e continua pobre é o torcedor, idiota, que gasta rios de dinheiro para consumir tudo que tenha a cor de seu time. 3. Regras ineficientes e inúteis
Pelo menos ele é mais simpático e inteligente que os árbitros da Copa do Mundo
|
As mulheres têm toda a razão em não entenderem a regra do impedimento. Vamos lá, o atacante não pode estar antes do último defensor, traçada uma linha imaginária perpendicular às laterais, com base no posicionamento do tronco dos atletas. Isso, claro, considerando o momento do passe, porque, afinal, todo mundo está correndo, cada um para um lado diferente.
E para que servem tantas regras se, no fim das contas, o árbitro não enxerga porcaria nenhuma e apita o que lhe dá na cabeça, como, por exemplo, o sambinha que aprendeu ontem?
Um esporte em que, muitas vezes, ninguém sabe dizer se o lance decisivo foi ou não válido, não merece ser levado a sério.
|
4. É perigoso
Dizem que os esportes radicais são perigosos. Pois eu não conheço ninguém que tenha se machucado pulando de paraquedas, escalando cachoeira ou fazendo base jump. Por outro lado, não consigo numerar a quantidade de “atletas” que se submeteram a algum tipo de cirurgia porque se machucaram jogando bola.
Portanto, para mim futebol é o esporte mais perigoso que existe. Diga-se de passagem, é um dos poucos esportes de contato físico que se joga sem proteção quase nenhuma. A coisa e tão difícil, que nos fornece a ridícula cena de homens crescidos protegendo as partes íntimas com medo de uma bolada. Um pouco de dignidade ali não ia mal, hein?
Aliás, o esporte é tão perigoso que volta e meia alguém morre em campo, por uma súbita parada cardíaca ou, pior, atingido por um raio – prova definitiva que Deus não gosta de futebol.
|
Esses argentinos, hein, sei não…
|
5. Torcedores fanáticos
Não sei porque, mas tenho certeza que o pai está orgulhoso.
|
Os torcedores fanáticos sintetizam a bobagem que é futebol. Eles acompanham um esporte que não tem regras e só serve para encher os outros de dinheiro. Mas quando um crássico termina empatado, o que fazem os torcedores? Resolvem que vão se matar na próxima esquina. Nada mais lógico, não?
O torcedor fanático mais civilizado é, no mínimo, um chato insuportável. Só sabe falar sobre como o Jordeicleison não está rendendo bem em dupla com o Uachinguiton ou discutir, infinitamente, o lance polêmico do último jogo. Por lance polêmico leia-se a última invenção do árbitro, que não viu que o zagueiro “dando condições” ao atacante.
Trata-se de gente que, reconhecidamente, leva o futebol mais a sério que os jogares.
|
Espero ter irritado bastante muitos dos fãs de futebol. Afinal, eles me irritaram a vida inteira e eu tenho o direito de devolver o favor.
Nota do editor: o presente texto representam, exclusivamente, as idéias do colunista. O Estado Crônico não compartilha com as opiniões aqui expressadas.
|
Ronaldinho Gaucho, exibindo seu (belo) visual de milhorário |
|